História das Folias de Reis

História das Folias de Reis

Na Europa antiga, um Padre católico cansado de realizar as missas com a igreja vazia, começou a realizar encenações para contar aos fiéis como se deu o nascimento do menino Jesus. Nesse teatro, ele contava também como Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus e também o convencimento de José, que viu sua futura esposa grávida sem terem mantido qualquer tipo de relação.
Contar também a trajetória de fuga que o casal José e Maria teve que fazer quando o rei Herodes descobriu que nasceria entre o povo o rei dos judeus. Com essa história e esse teatro, o padre conseguiu lotar a sua igreja, com os plebeus.
Os ricos passaram a ficar incomodados com aquela situação, com a igreja lotada de pobres os espaços tiveram que ser encurtados e assim eles começaram a se misturar ao povo. Então convenceram ao Padre de que estava insuportável participar das missas, pois não havia lugar para eles.
Tanto pressionaram, inclusive ameaçando de não darem mais os donativos para aquela velha e conhecida obra das igrejas que nunca terminavam. Depois de tanta pressão, o Padre que também não era muito inclinado aos pobres, decidiu parar com aquelas encenações proibindo os fiéis de se apresentarem dentro da sua igreja.

Por esse motivo, os fiéis continuaram a fazer as apresentações sobre a vida do menino Jesus do lado de fora, na praça em frente a igreja. A “coisa pegou tanto” que ficou tão conhecida e freqüentada que passou a ser a principal atração da cidade.
A igreja começou a ficar novamente vazia, pois todos queriam assistir ao nascimento de Cristo encenado pelos plebeus, do lado de fora da igreja.
Com medo que aquilo se virasse uma manifestação popular, os “poderosos” chamaram a polícia para acabar com aquela “folia” (nome dados pelos ricos).  A polícia por sua vez, começou a proibir aquela manifestação e começou a perseguir e a espancar os plebeus que se apresentavam.
Diante disso, os plebeus passaram a fugir da polícia, então começaram a se apresentar de praça em praça, de lugarejo em lugarejo, desde que a polícia não estivesse lá. Então o povo que gostava daquele teatro começou a fazer pedidos para que as apresentações fossem feitas em suas casas, assim a polícia não teria como proibir.
Em cada casa que a folia chegava era uma verdadeira festa, o povo recebia os foliões do lado de fora de suas casas e ali mesmo começava a encenação.
Essa tradição foi sendo mantida de geração em geração e por todo esse tempo, a Folia de Reis vem se mantendo, sempre a partir do dia 25 de dezembro ao dia 6 de janeiro, que é o dia de reis.

Algumas Folias estendem sua jornada por mais tempo. A Folia de Reis Penitentes do Santa Marta leva a sua jornada até o dia 20 de janeiro, porque é o dia do padroeiro da cidade. Assim a Folia do Santa Marta a partir do dia 6 de janeiro, começa a cantar para São Sebastião e no final dessa caminhada, realiza uma procissão tradicional em torno da favela  para marcar no dia do santo o encerramento das apresentações dessa Folia de Reis.



História da Folia de Reis do Santa Marta

A Folia de Reis Penitentes do Santa Marta, teve origem no bairro da Ilha do
Governador em meados dos anos 50. Naquela época era conhecida como: Folia do
Mestre Zé Cândido.
O Mestre José Diniz, então como folião aprendia os primeiros passos da tradição.
No final da década de 50, o mestre Diniz junto com Mestre Luiz e o Mestre Dodô,
levam a folia para o Morro do Santa Marta, onde ela passa a se chamar, Folia de Reis
Penitentes do Santa Marta.
Chegando aqui o Sr. Luiz assumiu a Folia, pois era o mais experiênte e conduziu muito bem até a sua morte, quando passou a ser tocada pelo Mestre Dodô que levou a Folia até a decada de 80, quando o Mester Diniz assumiu o posto com maestria e dedicação.
A Folia de Reis faz simbolicamente o caminho dos três Reis Magos do Oriente.
Simbolizando o momento em que eles foram contemplar o nascimento do menino
Jesus, levando ofertas tais como : ouro , incenso e mirra.
Hoje, as folias seguem o mesmo caminho, mas buscando ofertas que serão oferecidas
em forma de donativos que ajudarão no “ arremate” e que abrange  toda a comunidade.

Hoje o Mestre Riquinho que está na Folia a 43 anos segue os passos do que o seu pai Zé Diniz havia lhe ensinado por todos esse anos e segue cantando o reizado, a profecia, a anunciação, nascimento, fuga para o Egito e o padecimento de Jesus Cristo.
No ano de 2009, com o falecimento do Mestre Diniz, Riquinho, juntamente do seu irmão e Mestre Palhaço Ronaldo, seu sobrinho e também Mestre Palhaço Junior e seu irmão adotivo e Contra Mestre Cosme  assumem a liderança da Folia Penitentes do Santa Marta., onde passam  a administrar os encontros, ensinar as práticas e a tradição.
 

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